domingo, 18 de outubro de 2009


Breves constatações sobre um Portugal de demissionários (I):

1. Vivemos, hoje, num Pais de demissionários, de gentes sem rosto e sem voz própria, convicta ou determinada;
2. Vivemos, hoje, no silêncio mórbido dos que não sabem como salvar este País em marés de desalento, em estado de naufrágio total. Completamente alagados, na sua ausência de ideais, os mandantes ou (des)mandantes nacionais talvez seja este o termo mais adequado navegam, sem norte, nos mares da dissimulação, da mentira, e do faz-de-conta, sem escrúpulos ou peso nas suas consciências inconscientes;
3. Vivemos, hoje, banhados por um regime político incógnito e, naturalmente, indefinível e impassível de qualquer espécie de adjectivação apropriada, porque: vagueamos na política da lamentável conveniência, do taxismo sem disfarce, da ausência da identidade nacional, do parecer-ser estatístico que pretende camuflar – pensam eles! – as misérias nacionais, apenas invisíveis perante a quadradice dos espíritos míopes.

Isabel Rosete

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