sexta-feira, 4 de junho de 2010

Esperais a Salvação
Mãos criminosas?

Que salvação?
A do Inferno?
Ou a do Céu?
Ou a do Purgatório?

Sois atopos
Oh, mãos criminosas!
Não tendes lugar,
Não tendes, nem tempo, nem espaço.

Sois marginais, para sempre, marginais!
Não cabeis em lado nenhum
Onde a nobreza e a (frágil) Justiça imperem.
Não tendes Pátria, nem Habitação,
Nem Morada!

Sois a escumalha da Humanidade que,
Miseravelmente,
Representais.

Sois o infortúnio da dignidade
Da Ética,
Da Moral do Dever.

Sois fragmentos dispersos
Da podridão que plantais e colheis,
Sem dó.

Não se aproximem de mim!
Não me falem!
Não me toquem!

Tenho nojo de vos
Mãos crimonosas,
Armas destruidoras,
Punhais escanzelados do vil,
Do corruptível,
Da discórdia,
Da enormidade desprezível,
Disso a que se resolveu chamar,
Um dia,
De Humanidade.



Isabel Rosete

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