quarta-feira, 3 de março de 2010

MANIFESTO CONTRA A COBARDIA E A HIPOCRISIA – 2ª Versão


Francis Bacon, Study for the Head of a Screaming Pope, 1952.

Para o enobrecimento dos Espíritos PUROS
Por: Isabel Rosete


Não sei mais amar o próximo
Como a mim mesma!

A futilidade é
Claustrofóbica!
A mesquinhez é
Indigna!
E a (dita) … normalidade?

Ah, a normalidade!
A grande farsa
Dos Cobardes e dos Hipócritas,
Dos que blasfemam
No mais sórdido silêncio
Encobertos por opacos véus!
Ah, a normalidade!
A grande farsa
Dos que escondem o rosto próprio
E todas as suas faces
Por medo, por desvario, por ignorância,
Por dissimulação, por sonsice...
Pelo temor das vozes dos outros…
Que não apoiam qualquer acto
De presentificação do ser si-mesmo!

Malditos!
Eternamente vos amaldiçoo!
O fogo do Inferno vos desejo
Com todas as forças
Que ainda me restam,
Até ao meu último fôlego sentido!

Odeio-vos,
Vermes com rosto de gente,
Que até os animais (mais) selvagens desprezam
Como carne putrefacta
Que nem os abutres ousam devorar,
Apesar de famintos!

Tenho nojo de vós,
Asquerosos Cobardes e Hipócritas,
Nem em aparência respeitáveis!

Sois pura afiguração,
Meros pedaços,
Dispersos,
Do ignóbil Nada que vos consome!

Sois,
Malditos Cobardes e Hipócritas,
A praga que a Medicina ainda não aniquilou!

Sois,
Malditos Cobardes e Hipócritas,
Uma espécie exaquerável
De qualquer coisa insignificante,
Sem nome próprio!

Podres estão os vossos corpos
E as vossas almas!
Mas…, que corpos?
Mas…, que almas?

Alma, não tendes!
Nem corpo,
Nem matéria,
Nem forma,
Nem nada que possamos
Identificar com coisa alguma
Que se possa descrever ou mencionar,
Com propriedade!

Sois,
Cobardes e Hipócritas,
De tal modo In-identificáveis
No vosso parecer-ser miserável,
Que todos os adjectivos depreciativos
Se esgotam em todas as línguas
E em todas as linguagens
Para vos classificar!

Porque não morreis,
De uma vez só,
Cobardes e Hipócritas,
Se sois a verdadeira e pura escumalha,
A negra mancha da escassa dignidade
Que ainda nos resta,
A nós,
Que existimos de viso des-coberto,
Aberto…, nos múltiplos e extensos espaços
Da autenticidade do Ser
E do Estar, que vós,
Não conheceis jamais?

Excluo-vos,
Indigentes cobardes
E
Hipócritas,
Do meu pequeno-grande mundo
Mais-que-perfeito.

Se quiserem,
Se ousarem querer,
Alguma vez,
Pelo menos uma vez,
Por entre alguns parcos momentos
De uma eventual lucidez remota
Que ainda possa surgir
Nos vossos espíritos quadrados encurralados,
Digam que sou ARROGANTE,
Vá, digam, se sois capazes!
Mas digam-no em VOZ BEM ALTA,
Miseráveis Cobardes e Hipócrates!

Eu,
Apenas afirmo:

TRANSPARÊNCIA e TOLERÂNCIA,
Meus queridos!
TRANSPARÊNCIA e TOLERÂNCIA,
Repito,
Agora a sempre…
Para sempre…
Neste e em todos os meus manifestos
Contra a COBARDIA e a HIPOCRISIA!

É tão-só a TRANSPARÊNCIA
E a TOLERÂNCIA
Da (IN) TRANSPARÊNCIA e
Da (IN) TOLERÂNCIA,
Que me corre nas veias!

É tão-só a TRANSPARÊNCIA
E a TOLERÂNCIA
Da (IN) TRANSPARÊNCIA e
Da (IN) TOLERÂNCIA,
Que move as minhas sinapses neuronais!

É tão-só a TRANSPARÊNCIA
E a TOLERÂNCIA
Da (IN) TRANSPARÊNCIA e
Da (IN) TOLERÂNCIA,
Que alimenta a minha Alma!

E tão-só a TRANSPARÊNCIA
E a TOLERÂNCIA
Da (IN) TRANSPARÊNCIA e
Da (IN) TOLERÂNCIA,
Que me fustiga o Espírito!

O que quereis mais,
Gente medonha e estúpida?

Se não tendes mais nada para dizer,
Se não sois mais capazes de engolir,
A frio,
A vossa Cobardia e Hipocrisia,
CALAI-VOS, PARA SEMPRE!

Isabel Rosete
30/04/2008
04/03/2010

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